sexta-feira, julho 05, 2013

DOWN E A APRENDIZAGEM INICIAL FORMAL




 

DOWN E A APRENDIZAGEM INICIAL FORMAL
 
             Para fazer o programa há necessidade do mediador ser observador e flexível, para que cada um progrida nas áreas mais fáceis para si, e estimular atividades que requerem maior elaboração.
            Assim, este sujeito, requer além de um ambiente enriquecedor e estimulante, (cheio de bom senso e sem ansiedade).
            A criança necessita realizar um trabalho sistemático e bem estruturado, que a ajude organizar bem as informações e a preparar-se para posteriores aquisições mais complexas. Este é um trabalho que o educador deve organizar bem, fazendo-o com criatividade, flexibilidade, respeito, exigência e alegria.
Criatividade
É necessária, porque a criança tem de repetir muitas vezes os exercícios para adquirir hábitos e destreza, para autonomizar gestos e respostas, para entender conceitos.
Flexibilidade
A flexibilidade será o resultado dos dados de observação do professor e de suas capacidades de adaptação à criança. O professor deverá estar atento aos sinais que a criança emite, saber interpretá-los e adaptar-se a eles.
Respeito
Deve ser demonstrado de um modo requintado. Isto pressupõe que o docente não pode demonstrar habitualmente impaciência e frustração, ainda que o processo seja lento.
Exigência
1. Preparar sempre muito bem o trabalho;
2. Exigir da criança aquilo que pode render, mas nunca pedir-lhe menos.
Instrumentos para o desenvolvimento da atenção
O educador deve colocar-se de modo que seja fácil manter o contato visual com a criança, e que ela possa receber facilmente uma ajuda gestual ou física. O mais adequado é que o adulto se sente também numa cadeira baixa em frente à criança ou ao seu lado.
Ao oferecer o material, e ao explicar a tarefa à criança, o educador esta também a ajudá-la a centrar sua atenção, que nestes momentos, deve ser canalizada visualmente para o objeto que se lhe apresenta, se for preciso deve-se ajudar a criança na sua tarefa de observação. Convém que adquira o hábito de olhar da esquerda para a direita, e de cima para baixo, não só para abarcar todos os desenhos, cores e espaços, mas também para o movimento ocular necessário para o nosso sistema de leitura e escrita.
Percepção e discriminação
Implica o funcionamento perfeito das grandes áreas corticais de associação no cérebro.
Incluem nestas habilidades as atividades para reconhecer, identificar, classificar, agrupar, e enumerar objetos, imagens e os grafismos. Também fazem parte da aprendizagem discriminativa, o reconhecimento e a identificação de sons e de palavras.
Uma boa aprendizagem discriminativa facilitará ao aluno o pensamento lógico, o conhecimento das formas, dos tamanhos, das texturas, das cores, e de outras propriedades dos objetos, os conceitos numéricos e a leitura. Também lhe servirá para adquirir muitas outras aprendizagens na área do meio físico e social, assim como para melhorar de forma bastante evidente a sua linguagem.
Destreza manual
As crianças, adolescentes e adultos com Down, tem dificuldades específicas em muitas atividades que requerem uma manipulação fina.
Assim, é conveniente e eficaz exercícios de tensão / relaxamento, flexão / extensão dos distintos segmentos do braço, assim como o movimento das articulações: ombro, cotovelo, pulso e dedos que se fazem com materiais tão diversos como os saquinhos de areia ou os pincéis.
O desenvolvimento das capacidades perceptivas e discriminativas é a porta aberta que lhe permitirá progredir nos programas que a escola regular poderá oferecer.
Trabalhar todas as atividades manipulativas permitindo-lhe compreender as relações espaciais entre os objetos.
Há necessidade de focar atividades manipulativas como:
o   Dentro, em cima, em baixo, ao lado, primeiro e último;
o   Ordenar, selecionar e classificar, atendendo a uma qualidade determinada;
o   Associar (usando diferentes materiais) como objetos, com jogos de loto e memória, atividades de associação com lápis e papel;
o   Seleção;
o   Classificação;
o   Nomeação;
o   Generalização.
Cabe mencionar que em algumas etapas, o sujeito demorará para exprimir maturidade para transpassar barreiras. É nesta caminhada que os educandos irão se preparar para progressos posteriores mais complexos.
Bibliografia 
- FONSECA, Vitor da
  Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem, Porto Alegre: Artmed, 2008.
- LAPIERRE, André
  A simbologia do movimento: psicomotricidade e educação/ A. Lapierre e B.  
  Aucouturier; trad. de Márcia Lewis. – Porto Alegre, Artes Médicas, 1986.
- AUCOUTURIER, Bernard
  A prática psicomotora: reeducação e terapia / Bernard Aucouturier, Ivan Darrault e Jean-
  Louis Empinet;trad. Eleonora Altieri Monteiro, - Porto  Alegre : Artes Médicas, 1986.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário